O corpo
O corpo que muda
Que pode ser mudado
Esculpido escultural
O corpo que bate e apanha
O corpo que teima em não querer envelhecer
Palavras prá denominar o ser (o que se é)
Ou o ser (a pessoa)
Não importa a denominação
Não importa o tempo que já passou
Estamos na era da tecnologia
Que serve prá fazer magia
Multar fazer transgredir
Mudar quase tudo
Na certeza do corpo melhor
Aos olhos de quem possa ver
Se sentir atraente e atraída
Atraído por outro ser
Talvez seja a dimensão de CORPO que se queira ter.
NOVAS EDUCAÇÕES E TECNOLOGIA
segunda-feira, 4 de abril de 2011
“O corpo e a expressão videográfica: A videoinstalação como estratégia de uma narrativa corporal”
Danillo Silva Barata
Os padrões estéticos ditados pelo mundo fashion vêm interferindo na própria construção corpórea assim são empregado implantes, cirurgias a fim de obter corpos idealizados pelo mundo da moda. A necessidade de se ter os padrões corporais do momento, se valida nos mitos televisivos e imagens que são passageiras, caracterizando assim a desatualização do corpo, que passa a estar em constante necessidade de atualização, a corrida por padrões cada vez mais distantes e inalcançáveis gera um imenso vazio que aumenta a insatisfação do homem moderno.
A divergência física projetada nos vídeos produzidos para as instalações aborrecia quem assistia, de acordo com o autor, o excesso de “normalidade” provoca estranheza a quem está acostumado com a exuberância corporal em formato televisivo.
Danillo Silva Barata
Os padrões estéticos ditados pelo mundo fashion vêm interferindo na própria construção corpórea assim são empregado implantes, cirurgias a fim de obter corpos idealizados pelo mundo da moda. A necessidade de se ter os padrões corporais do momento, se valida nos mitos televisivos e imagens que são passageiras, caracterizando assim a desatualização do corpo, que passa a estar em constante necessidade de atualização, a corrida por padrões cada vez mais distantes e inalcançáveis gera um imenso vazio que aumenta a insatisfação do homem moderno.
A divergência física projetada nos vídeos produzidos para as instalações aborrecia quem assistia, de acordo com o autor, o excesso de “normalidade” provoca estranheza a quem está acostumado com a exuberância corporal em formato televisivo.
“VELHICE, PALAVRA QUASE PROIBIDA; TERCEIRA IDADE, EXPRESSÃO QUASE HEGEMÔNICA”
“VELHICE, PALAVRA QUASE PROIBIDA; TERCEIRA IDADE, EXPRESSÃO QUASE HEGEMÔNICA”
Annamaria da Rocha Jatobá Palácios
Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa: Velho significa "desusado", "antiquado" e "obsoleto". Daí, percebemos no texto de Jatobá Palácios que a palavra terceira idade foi ajustada socialmente como sendo termo politicamente correto, pois a mesma traz a idéia de movimento, ação e beleza que seduz esse publico para o mercado ávido por consumidores e estes entram na onda a fim de sentir-se cada vez mais “jovens” aja vista que em comparando o idoso de ontem e a terceira idade de hoje há sem duvidas uma grande diferença que leva os mais incautos a crer que esse fenômeno se dá por si só e não pelos avanços tecnológicos e mudanças de vida. O texto reflete sobre o fenômeno da mudança do discurso empregada para uma pessoa velha, essa terminologia vocabular vem sendo disseminada no mundo da publicidade de cosméticos
As propagandas de cosméticos ao longo dos anos vêm se constituindo como luta contra o envelhecimento e o sujeito é instigado a não se sentir velho por tantas maravilhas oferecidas pelos mesmos.
Annamaria da Rocha Jatobá Palácios
Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa: Velho significa "desusado", "antiquado" e "obsoleto". Daí, percebemos no texto de Jatobá Palácios que a palavra terceira idade foi ajustada socialmente como sendo termo politicamente correto, pois a mesma traz a idéia de movimento, ação e beleza que seduz esse publico para o mercado ávido por consumidores e estes entram na onda a fim de sentir-se cada vez mais “jovens” aja vista que em comparando o idoso de ontem e a terceira idade de hoje há sem duvidas uma grande diferença que leva os mais incautos a crer que esse fenômeno se dá por si só e não pelos avanços tecnológicos e mudanças de vida. O texto reflete sobre o fenômeno da mudança do discurso empregada para uma pessoa velha, essa terminologia vocabular vem sendo disseminada no mundo da publicidade de cosméticos
As propagandas de cosméticos ao longo dos anos vêm se constituindo como luta contra o envelhecimento e o sujeito é instigado a não se sentir velho por tantas maravilhas oferecidas pelos mesmos.
sexta-feira, 25 de março de 2011
O PERCURSO DO CORPO NA CULTURA CONTEMPORÂNEA
O corpo desejável e apresentado nesse texto é o corpo canônico, o qual os meios de comunicação propagam e as mulheres e principalmente as jovens das metrópoles são as que mais buscam esses tipos de corpos para se sentir mais aceitas e desejáveis em qualquer lugar e pelo fato das mulheres se apresentarem mais vulneráveis aos apelos midiáticos sofrem na busca de tal perfeição. Para compreender o sentido da corporeidade canônica da cultura de massa é fundamental compreender o percurso do estatuto do corpo no Ocidente até sua elevação de culto e investimento de afeições simbólicas.
quinta-feira, 24 de março de 2011
O ESPORTE E A POTENCIALIZARÃO DE EFICIENTES CORPOS
O ESPORTE E A POTENCIALIZARÃO DE EFICIENTES CORPOS
Penso que essa situação vivenciada por pessoas que buscam ter o corpo como maquinas, fortes e capazes de suportar ao máximo a dor buscam uma aceitação do meio ao qual fazem parte e onde o vale tudo é o que impera sem pensar nas conseqüências futuras.
Assim o que vemos no texto são pessoas que buscam a perfeição do corpo para uma agressão cada vez maior a si e ao adversário. Nesse texto o autor demonstra que a capacidade tecnológica foi capaz de desenvolver para potencializarão dos corpos, não levando em conta os limites naturais do ser humano.
Penso que essa situação vivenciada por pessoas que buscam ter o corpo como maquinas, fortes e capazes de suportar ao máximo a dor buscam uma aceitação do meio ao qual fazem parte e onde o vale tudo é o que impera sem pensar nas conseqüências futuras.
Assim o que vemos no texto são pessoas que buscam a perfeição do corpo para uma agressão cada vez maior a si e ao adversário. Nesse texto o autor demonstra que a capacidade tecnológica foi capaz de desenvolver para potencializarão dos corpos, não levando em conta os limites naturais do ser humano.
LEMBRANÇAS
Lembrar consiste em um exercício de vai e vem do que já foi vivido, mas que em verdade parece que não passou. Bosi diz: “a lembrança é a sobrevivência do passado. O passado, conservando-se no espírito de cada ser humano, aflora à consciência na forma de imagens lembrança. A sua forma pura seria a imagem presente nos sonhos e devaneios”. (BOSI p.53).
Em um belo dia dos idos de mil novecentos e sessenta e três, nasceu uma linda garotinha, terceira filha do casal Lindolpho do Nascimento Braga e Dona Inês Bispo Braga. Como “permanente” identificação, recebeu o nome de Aidil Bispo Braga, tendo como irmãos: Adautina Bispo Braga, a primogênita do casal, Adailton Bispo Braga, o segundo filho e, o quarto e caçula, Adilton Bispo Braga. A garotinha foi crescendo até atingir idade escolar... Foi conduzida à escola, e, em um ambiente cordialmente próprio para uma menininha de mais ou menos quatro ou cinco anos. Muitas brincadeiras além do reforço da importância de escovar os dentes, e olha que ela nem se dava conta de que a escova usada é um recurso tecnológico. Observação feita muito tempo depois quando já lhe era possível perceber os objetos com um olhar mais aprimorado. Muitos anos depois, claro, alem da escovação dos dentes precisava mastigar bem os alimentos, lavar as mãos antes e depois das refeições, cortar as unhas, tomar banho todos os dias, tudo que já havia sido ensinado em casa. Durou pouco tempo à brincadeira sem que se desse conta de que aquele tempo adormeceria. Ficou guardado no remoto passado até que por uma necessidade, bum! A permissão das lembranças.
Audrey Curtis “enfatiza que são muitas e variadas as concepções do brincar, mas a maioria inclui a idéia do brincar como experiência prazerosa, que não tem um produto final e é intrinsecamente motivada. Conclui que, apesar do brincar como atividade na infância ser aceito em todas as sociedades, sua importância não é reconhecida na mesma extensão no mundo todo”.
Interessante é que muito do que foi visto nesses tempos de infância vem sendo utilizado até hoje nas escolas, as músicas juninas, da Páscoa, danças, lendas, parlendas, travas-língua e outras manifestações que fazem parte das tradições que são fortes e cria o elo entre o ontem e hoje. Mais cativante é quando as gerações encontram-se nesse espaço de conhecimento (escola) e podem conversar um pouco acerca do que já viveram e do que outros estão tendo a oportunidade de vivenciar agora constatando que as gerações se alinham em um mesmo sentimento de pertencimento a um mesmo espaço.
Na Escola Maria Quitéria cursou a apenas a 4ª série primária, mas adorava a professora Ana Maria, que a achava linda e inteligente, além de incentivá-la a docência. Sentia imensa satisfação em tê-la como pró. Tinha prazer em cumprir as tarefas propostas, principalmente, quando estavam sendo estudados sinônimos e antônimos, pois em casa sempre foi cercada de muitos livros e costumava fazer as pesquisas nos dicionários da Enciclopédia Globo. Em se tratando de uma enciclopédia, às vezes trazia mais significados das palavras que os dicionários corriqueiros da época, assim esses trabalhos faziam com que a garotinha desinibida e tagarela se destacasse. Até mesmo a professora, às vezes, se surpreendia com as suas pesquisas, que normalmente eram mais completas enriquecidas que as dos colegas, pois desde a tenra idade fora ensinada pelo seu pai, que todo trabalho deveria conter a fonte bibliográfica, com isso, sua notoriedade comprovadamente certa. Aí então, é que a negrinha faceira ficava toda garbosa.
Daí vem a adolescência e a maternidade.
(...) uma lembrança é um diamante bruto que precisa ser lapidado pelo espírito. Sem o trabalho da reflexão e da localização, ela seria uma imagem fugidia. O sentimento também precisa acompanhá-la para que ela não seja uma repetição do estado antigo, mas uma reaparição. (BOSI 1999, p.21):
No ano em que ingressou no ginásio, no Complexo Escolar Góes Calmon, para cursar a 5ª série ginasial, tudo era novidade. Vários professores, um para cada disciplina.
A Matemática, que já tinha se complicado na quinta série, ficava cada vez mais difícil. Tinha que estudar bastante para compreender e se dar bem nas provas. Conseguiu e foi aprovada para a 7ª série. Mais um ano de desafios. Muito que aprender e continuou estudando como sempre e no final recuperação de Matemática e o desafio da professora Vera que disse que queria ver se ela seria capaz de passar. Tomou aquilo como incentivo pra estudar achando que a professora era a pior do mundo e só tempos depois foi perceber o quanto essa professora acreditava nela e precisava lhe desafiar para que realmente estudasse. O que se pensa a respeito das pessoas em um determinado momento de vida, às vezes só é possível enxergar a realidade quando não mais se pode dizer o quanto valeu a força. Triste isso. Ai veio a almejada aprovação para a 8ª série. Qual não foi sua surpresa ao constatar que estava grávida. Aos quinze anos de idade. A vida ganha sabor de seriedade em uma adolescente.
Agora, lhe cabia conciliar estudo com a gestação. O ir e vir da escola nem sempre era tarefa agradável, pois a essa altura foi levada a se distanciar dos colegas próximos.
Foi chamada a repensar a interrupção dos estudos, e no ano de 1981 se matriculou no ICEIA para fazer o curso do Magistério. Dias difíceis: pouco dinheiro, os rebentos a se desenvolverem rapidamente. Por muitas vezes teve que ir andando de casa para escola e vice-versa como forma de economizar financeiramente para assegurar o sustento das meninas.
E assim foi chegado o então ansiado momento da conclusão do curso.
Dias de amarguras dadas às condições que lhe foram impostas pela própria vida...
Mas como diz o ditado, que “depois da chuva vem à bonança”. Veio mesmo! Como forma de reparação para tanto desgaste a superação através do primeiro e único emprego como Professora Municipal. Quanta honra! Caiu como um presente dos céus, pois naquele local, caso fosse preciso, poderia levar (as filhas juntos) com sigo, prática que era comum entre os funcionários de escolas.
Que maravilha conciliar afazeres maternos e o emprego, apesar de que isso já tinha sido pensado. Toda mãe é guerreira, defensora de sua prole e essa não seria diferente. Por um filho revolve montanhas, vai ao fundo do poço, retrocede, pondera, conta até dez, na certeza de fazer o melhor para vê-los crescer e se tornar mulheres de bem.
Fazer um curso de formação superior com certeza é o desejo de todo professora e para acrescentar ao seu bloco de realizações, foi convidada a participar do Curso de Pedagogia celebrado em convênio firmado entre a UFBA e a Prefeitura Municipal de Salvador, no ano de 2006.
Para todo educador, é imperativa a necessidade da sua melhoria e qualificação profissional em busca de novos conhecimentos que possam assegurar que seus alunos expressem seus pensamentos e resolva problema afim de que os mesmos possam compreender que o aprender se da nesta troca, onde o que ouve e vê, precisa ser discutido analisado e assim iremos elaborando cada vez melhor nossa idéia, para nortear os afazeres pedagógicos aproveitando assim do que Libâneo diz.
Se quisermos que o professor trabalhe numa abordagem socioconstrutivista, e que planeje e promova na sala de aula situações em que o aluno estruture suas idéias, analise seus próprios processos de pensamento, expresse seus pensamentos, resolva problemas, faça pensar, é necessário que seu processo de formação tenha essas características. (LIBÂNEO, 2005, p.71).
Assim viu, neste curso, grande oportunidade de aperfeiçoamento e busca de respostas a perguntas freqüentes a respeito de como melhor disseminar o saber formal em sala de aula, até porque a graduação é uma etapa inicial de formação e não um momento de esgotamento do conhecimento. Certamente a pós-graduação no curso de Tecnologia e Novas educações irá lhe propiciar ainda mais reflexões, e abre um leque de expansão do conhecimento. Com as tecnologias sempre presentes exigindo uma nova postura de professores e alunos: mais do que ensinar é necessário fazer aprender. O Mestre Paulo Freire diz: Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.
Nesta perspectiva do sempre estar aprendendo, cá estamos para ver no que vai dar.
"Ontem um menino que brincava me falou:
Hoje é a semente do amanhã
Para não ter medo que esse tempo vai passar
Não se desespere, nem pare de sonhar...
Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais!
Vamos lá fazer o que será..."
(Nunca pare de sonhar – Gonzaguinha)
Ao longo dos dias de aulas do curso de especialização na FACED teve a oportunidade de assistir a filmes e participar de encontros com professores e mestres que lhe arremeteu a um pensar ainda mais reflexivo sobre sua pratica afim de que a reflexão se faça presente em todos os momentos do fazer pedagógico na busca de aprimoramento para que cada educando, que possa ter a oportunidade de passar por seu caminho tenha um saldo positivo de aprendizagem e desperte para a importância de se aprender cada vez mais e mais. E assim nessa perspectiva alguns momentos foram bastante marcantes.
Aqui vai o relato desse importantíssimo tempo de explorar varias formas de ver temas em diferentes contextos e a contribuição do aprendizado para se ter uma vida melhor.
Os filmes, palestras, encontros, aulas que aqui tivemos oportunidade nos arremete a reflexões a cerca de como vivemos, as contribuições que podemos implementar afim de que o mudo esteja cada vez melhor mesmo sabendo que somos um, mas, um que pode fazer toda a diferença no aspecto do que vemos e no despertar dos nosso alunos às questões que estão impostas e precisamos estar atentos. A cada dia as possibilidades de escolhas são mais diversas e saber escolher o melhor para a humanidade requer prudência observação e levantamento de duvidas, pois o que pode parecer o melhor e talvez seja mesmo, nesse exato momento, poderá ser o elemento de grande destruição num futuro não longínquo assim a atenção as tecnologias que nos permeiam precisa desse olhar do terceiro olho.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres:
"Trouxeste a chave?" (Carlos Drummond de Andrade)
Lembrar consiste em um exercício de vai e vem do que já foi vivido, mas que em verdade parece que não passou. Bosi diz: “a lembrança é a sobrevivência do passado. O passado, conservando-se no espírito de cada ser humano, aflora à consciência na forma de imagens lembrança. A sua forma pura seria a imagem presente nos sonhos e devaneios”. (BOSI p.53).
Em um belo dia dos idos de mil novecentos e sessenta e três, nasceu uma linda garotinha, terceira filha do casal Lindolpho do Nascimento Braga e Dona Inês Bispo Braga. Como “permanente” identificação, recebeu o nome de Aidil Bispo Braga, tendo como irmãos: Adautina Bispo Braga, a primogênita do casal, Adailton Bispo Braga, o segundo filho e, o quarto e caçula, Adilton Bispo Braga. A garotinha foi crescendo até atingir idade escolar... Foi conduzida à escola, e, em um ambiente cordialmente próprio para uma menininha de mais ou menos quatro ou cinco anos. Muitas brincadeiras além do reforço da importância de escovar os dentes, e olha que ela nem se dava conta de que a escova usada é um recurso tecnológico. Observação feita muito tempo depois quando já lhe era possível perceber os objetos com um olhar mais aprimorado. Muitos anos depois, claro, alem da escovação dos dentes precisava mastigar bem os alimentos, lavar as mãos antes e depois das refeições, cortar as unhas, tomar banho todos os dias, tudo que já havia sido ensinado em casa. Durou pouco tempo à brincadeira sem que se desse conta de que aquele tempo adormeceria. Ficou guardado no remoto passado até que por uma necessidade, bum! A permissão das lembranças.
Audrey Curtis “enfatiza que são muitas e variadas as concepções do brincar, mas a maioria inclui a idéia do brincar como experiência prazerosa, que não tem um produto final e é intrinsecamente motivada. Conclui que, apesar do brincar como atividade na infância ser aceito em todas as sociedades, sua importância não é reconhecida na mesma extensão no mundo todo”.
Interessante é que muito do que foi visto nesses tempos de infância vem sendo utilizado até hoje nas escolas, as músicas juninas, da Páscoa, danças, lendas, parlendas, travas-língua e outras manifestações que fazem parte das tradições que são fortes e cria o elo entre o ontem e hoje. Mais cativante é quando as gerações encontram-se nesse espaço de conhecimento (escola) e podem conversar um pouco acerca do que já viveram e do que outros estão tendo a oportunidade de vivenciar agora constatando que as gerações se alinham em um mesmo sentimento de pertencimento a um mesmo espaço.
Na Escola Maria Quitéria cursou a apenas a 4ª série primária, mas adorava a professora Ana Maria, que a achava linda e inteligente, além de incentivá-la a docência. Sentia imensa satisfação em tê-la como pró. Tinha prazer em cumprir as tarefas propostas, principalmente, quando estavam sendo estudados sinônimos e antônimos, pois em casa sempre foi cercada de muitos livros e costumava fazer as pesquisas nos dicionários da Enciclopédia Globo. Em se tratando de uma enciclopédia, às vezes trazia mais significados das palavras que os dicionários corriqueiros da época, assim esses trabalhos faziam com que a garotinha desinibida e tagarela se destacasse. Até mesmo a professora, às vezes, se surpreendia com as suas pesquisas, que normalmente eram mais completas enriquecidas que as dos colegas, pois desde a tenra idade fora ensinada pelo seu pai, que todo trabalho deveria conter a fonte bibliográfica, com isso, sua notoriedade comprovadamente certa. Aí então, é que a negrinha faceira ficava toda garbosa.
Daí vem a adolescência e a maternidade.
(...) uma lembrança é um diamante bruto que precisa ser lapidado pelo espírito. Sem o trabalho da reflexão e da localização, ela seria uma imagem fugidia. O sentimento também precisa acompanhá-la para que ela não seja uma repetição do estado antigo, mas uma reaparição. (BOSI 1999, p.21):
No ano em que ingressou no ginásio, no Complexo Escolar Góes Calmon, para cursar a 5ª série ginasial, tudo era novidade. Vários professores, um para cada disciplina.
A Matemática, que já tinha se complicado na quinta série, ficava cada vez mais difícil. Tinha que estudar bastante para compreender e se dar bem nas provas. Conseguiu e foi aprovada para a 7ª série. Mais um ano de desafios. Muito que aprender e continuou estudando como sempre e no final recuperação de Matemática e o desafio da professora Vera que disse que queria ver se ela seria capaz de passar. Tomou aquilo como incentivo pra estudar achando que a professora era a pior do mundo e só tempos depois foi perceber o quanto essa professora acreditava nela e precisava lhe desafiar para que realmente estudasse. O que se pensa a respeito das pessoas em um determinado momento de vida, às vezes só é possível enxergar a realidade quando não mais se pode dizer o quanto valeu a força. Triste isso. Ai veio a almejada aprovação para a 8ª série. Qual não foi sua surpresa ao constatar que estava grávida. Aos quinze anos de idade. A vida ganha sabor de seriedade em uma adolescente.
Agora, lhe cabia conciliar estudo com a gestação. O ir e vir da escola nem sempre era tarefa agradável, pois a essa altura foi levada a se distanciar dos colegas próximos.
Foi chamada a repensar a interrupção dos estudos, e no ano de 1981 se matriculou no ICEIA para fazer o curso do Magistério. Dias difíceis: pouco dinheiro, os rebentos a se desenvolverem rapidamente. Por muitas vezes teve que ir andando de casa para escola e vice-versa como forma de economizar financeiramente para assegurar o sustento das meninas.
E assim foi chegado o então ansiado momento da conclusão do curso.
Dias de amarguras dadas às condições que lhe foram impostas pela própria vida...
Mas como diz o ditado, que “depois da chuva vem à bonança”. Veio mesmo! Como forma de reparação para tanto desgaste a superação através do primeiro e único emprego como Professora Municipal. Quanta honra! Caiu como um presente dos céus, pois naquele local, caso fosse preciso, poderia levar (as filhas juntos) com sigo, prática que era comum entre os funcionários de escolas.
Que maravilha conciliar afazeres maternos e o emprego, apesar de que isso já tinha sido pensado. Toda mãe é guerreira, defensora de sua prole e essa não seria diferente. Por um filho revolve montanhas, vai ao fundo do poço, retrocede, pondera, conta até dez, na certeza de fazer o melhor para vê-los crescer e se tornar mulheres de bem.
Fazer um curso de formação superior com certeza é o desejo de todo professora e para acrescentar ao seu bloco de realizações, foi convidada a participar do Curso de Pedagogia celebrado em convênio firmado entre a UFBA e a Prefeitura Municipal de Salvador, no ano de 2006.
Para todo educador, é imperativa a necessidade da sua melhoria e qualificação profissional em busca de novos conhecimentos que possam assegurar que seus alunos expressem seus pensamentos e resolva problema afim de que os mesmos possam compreender que o aprender se da nesta troca, onde o que ouve e vê, precisa ser discutido analisado e assim iremos elaborando cada vez melhor nossa idéia, para nortear os afazeres pedagógicos aproveitando assim do que Libâneo diz.
Se quisermos que o professor trabalhe numa abordagem socioconstrutivista, e que planeje e promova na sala de aula situações em que o aluno estruture suas idéias, analise seus próprios processos de pensamento, expresse seus pensamentos, resolva problemas, faça pensar, é necessário que seu processo de formação tenha essas características. (LIBÂNEO, 2005, p.71).
Assim viu, neste curso, grande oportunidade de aperfeiçoamento e busca de respostas a perguntas freqüentes a respeito de como melhor disseminar o saber formal em sala de aula, até porque a graduação é uma etapa inicial de formação e não um momento de esgotamento do conhecimento. Certamente a pós-graduação no curso de Tecnologia e Novas educações irá lhe propiciar ainda mais reflexões, e abre um leque de expansão do conhecimento. Com as tecnologias sempre presentes exigindo uma nova postura de professores e alunos: mais do que ensinar é necessário fazer aprender. O Mestre Paulo Freire diz: Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.
Nesta perspectiva do sempre estar aprendendo, cá estamos para ver no que vai dar.
"Ontem um menino que brincava me falou:
Hoje é a semente do amanhã
Para não ter medo que esse tempo vai passar
Não se desespere, nem pare de sonhar...
Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais!
Vamos lá fazer o que será..."
(Nunca pare de sonhar – Gonzaguinha)
Ao longo dos dias de aulas do curso de especialização na FACED teve a oportunidade de assistir a filmes e participar de encontros com professores e mestres que lhe arremeteu a um pensar ainda mais reflexivo sobre sua pratica afim de que a reflexão se faça presente em todos os momentos do fazer pedagógico na busca de aprimoramento para que cada educando, que possa ter a oportunidade de passar por seu caminho tenha um saldo positivo de aprendizagem e desperte para a importância de se aprender cada vez mais e mais. E assim nessa perspectiva alguns momentos foram bastante marcantes.
Aqui vai o relato desse importantíssimo tempo de explorar varias formas de ver temas em diferentes contextos e a contribuição do aprendizado para se ter uma vida melhor.
Os filmes, palestras, encontros, aulas que aqui tivemos oportunidade nos arremete a reflexões a cerca de como vivemos, as contribuições que podemos implementar afim de que o mudo esteja cada vez melhor mesmo sabendo que somos um, mas, um que pode fazer toda a diferença no aspecto do que vemos e no despertar dos nosso alunos às questões que estão impostas e precisamos estar atentos. A cada dia as possibilidades de escolhas são mais diversas e saber escolher o melhor para a humanidade requer prudência observação e levantamento de duvidas, pois o que pode parecer o melhor e talvez seja mesmo, nesse exato momento, poderá ser o elemento de grande destruição num futuro não longínquo assim a atenção as tecnologias que nos permeiam precisa desse olhar do terceiro olho.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres:
"Trouxeste a chave?" (Carlos Drummond de Andrade)
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
RESENHA CIBERCULTURA
O Livro Cibercultura de Pierre Levy. aborda as implicações culturais do desenvolvimento das tecnologias digitais de comunicação e de informação. Ele não se importa com as questões econômicas e industriais e os problemas relacionados às questões jurídicas e ao emprego.
A obra esta dividida em 18 capítulos, divididos em três partes, conclusão, e, um vocabulário com expressões elaboradas pelo tradutor da obra. Levy utiliza na introdução, a metáfora do dilúvio informacional para que a sociedade possa resgatar e transportar conhecimentos para a humanidade considerando a dimensão universal das s mensagens.
Na primeira parte o autor mostra que o Livro Cibercultura não se destina apenas aos conhecedores do universo do
Ciberespaço, mas também para quem pretende conhecê-lo, fornece um retrato dos conceitos técnicos que exprimem e sustentam a cibercultura. No primeiro capítulo, Lévy faz uma relação entre técnica, cultura e sociedade, salientando que a técnica é artefato de uma cultura, e uma sociedade encontra-se condicionada a sua técnica. A participação do ser humano na cibercultura se torna uma necessidade, mesmo não sendo determinante, a técnica abre possibilidades em todos os aspectos da vida social, sem ela, algumas opções sociais e culturais não poderiam ser pensadas.
Passando para a segunda parte do livro ele passa a pressupor as conseqüências culturais da ampliação do ciberespaço e faz isso a partir de oito capítulos. Aqui o autor faz uma crítica à nova pragmática das comunicações criadas pelo ciberespaço, transportando o esclarecimento da teoria do conceito de universal sem totalidade. Assim sendo é possível compreender a movimentação social que há e que se espalha a partir da cibercultura, tendo a sua formação estética e da relação da mesma com o saber a percepção de uma necessidade de reformas educacionais na cibercultura. E por fim ele outra vez faz uma conceituação de alguns termos, como virtualidade do espaço, a cidade e a democracia eletrônica.
A terceira parte do livro contém cinco capítulos que tratam dos aspectos negativos da cibercultura, principalmente dos conflitos e críticas que provoca. Ele discute aqui o conceito de informação e nos modos de relação entre a aprendizagem e o pensamento, e através de simulações, e navegações transversais em espaços abertos e inteligência coletiva e nos gêneros literários ( hiperdocumentos, obras interativas, ambientes virtuais e criação coletica distribuída), para ele é necessário uma abertura desses novos planos. Em um capitulo o autor faz uma critica de dominação, ele mostra como o dinamismo da cibercultura pode beneficiar o desenvolvimento individual e regional, através de uma importante ferramenta de dialética que ela pode proporcionar. Sendo assim ele introduz aqui a intenção de que o autor faça uma reflexão sobre a cibercultura, onde em vantagens e desvantagens ele perceba de que melhor forma ele pode ser utilizada.
No ultimo capitulo o Levy começa a falando sobre o termo da cibercultura e sua relevância , para ele “inventa uma outra forma de fazer advir a presença do virtual do humano frente a si mesmo que não pela imposição da unidade de sentido.” E a partir daqui ele fala sobre três etapas da historia, sendo da cultura oral, das “civilizadas imperialistas”, e por fim da cibercultura, que se encontra ligada a globalização concreta em que a sociedade passa. Concluindo esse livro traduz mudanças que vem acontecendo na nossa sociedade a partir dessas novas tecnologias de telecomunicações e da informática, e traz no conteúdo novas abordagens a respeito de como se utilizar dessas novas ferramentas tendo um cuidado, pois assim como outras também contem seus aspectos negativos.
No capítulo sobre a crítica da dominação, o autor deseja resgatar todo o movimento da cibercultura que está relacionado ao entrelaçamento e à conservação de uma verdadeira dialética da utopia e dos negócios, mencionando que o ciberespaço também pode ser colocado a serviço do desenvolvimento individual ou regional, e usados para a participação em processos libertários e abertos de inteligência coletiva, levando o leitor a refletir profundamente.
Pierre Lévy menciona que alguns críticos estão sendo “cegos e conservadores” no tocante ao mundo virtual, são motivados apenas pelo temor de perder o poderio e o monopólio para o Ciberespaço e assim não se permitem reconhecer esse novo padrão de comunicação e interatividade e as transfigurações positivas motivadas pelo mesmo.
Esta é uma obra tradicional para aumentar as reflexões ocorridas pelas mudanças culturais provocadas pelo uso massificado das telecomunicações e da informática, temas discutidos em obras anteriores do autor, principalmente "As tecnologias da Inteligência" e "O que é o virtual". A leitura constante nesse impresso é relevante para todos que desejem por a par da efervescência do ciberespaço e pesquisadores das áreas de Comunicação, das Ciências, da Informação, Educação, Psicologia e Sociologia.
http://www.caosmose.net/pierrelevy/educaecyber.html
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